São Paulo, sexta-feira, 18 de fevereiro de 1994
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Primeiro pedido foi indeferido

DA REPORTAGEM LOCAL

A representação do PPR não é o primeiro ataque dos malufistas aos procuradores que trabalham no caso Paubrasil. No final do ano passado, Sinésio Gobbo, assessor do prefeito, foi à Justiça pedir o afastamento do procurador Francisco Dias Teixeira das investigações. Ele argumentava que Teixeira era suspeito para trabalhar no caso, pois de abril a dezembro de 1989 o procurador prestou assessoria ao PT na Assembléia Legislativa. O pedido foi indeferido.
Na Procuradoria da República em Brasília a representação é vista apenas como mais um instrumento de pressão com o propósito de inibir as investigações.
Os procuradores que trabalham no caso Paubrasil já receberam pressões externas em outra investigação: a das importações irregulares de equipamentos israelenses feitas durante o governo Quércia.
Na ocasião eles sofreram ameaças de morte, o que motivou a vinda do procurador-geral a São Paulo para denunciar o fato à imprensa. Também foram alvo de tentativa de intimidação mediante cartas anônimas e gravações de conversas telefônicas com jornalista. As fitas contendo essas conversas foram distribuídas a membros do Poder Judiciário com o objetivo de desqualificar as investigações.

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