São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 1994
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"Assassino é gay também"

DANIEL CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL

"Quem mata um homossexual geralmente é um deles. Para esses assassinos, matar um gay é como exterminar a própria homossexualidade", diz o psiquiatra Guido Palomba, especializado em elaborar laudos psicológicos de criminosos para a Justiça de São Paulo.
Palomba enumera cinco tipos de assassinos de homossexuais. Os grupos mais comuns são chamados "habituais" e "fronteiriços". "O criminoso habitual rouba e furta, mas ele pode matar", diz. Entre os habituais, ele inclui garotos de programa e grupos de extermínio.
"Os 'fronteiriços' vivem entre normalidade e loucura. Sofrem distúrbios psicológicos e matam por prazer mórbido", diz. O terceiro grupo é o dos "ocasionais", que matam por desentendimentos. Assassinos muito raros, segundo ele, são os "impetuosos" –que têm relação passional com a vítima– e os "doentes mentais". (DC)

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