São Paulo, segunda-feira, 28 de fevereiro de 1994
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Telê explora laterais e vence mais um duelo

DA REDAÇÃO

Telê explora laterais evence mais um duelo

Jogando pela direita, Cafu e Vítor criaram muitos lances; nesta jogada, Vítor escapa pelas costas de Roberto Carlos; O 2º gol do São Paulo foi um exemplo de contra-ataque; no escanteio, nove são-paulinos aguardam na grande área; Pelo meio, o Palmeiras encontrava muita dificuldade parafugir à marcação; aqui, Zinho é cercado por seis inimigos... mas, na saída de bola, Leonardo encontra Euller, livre,no espaço deixado pela troca de Gil Baiano por Amaral

Telê Santana deu uma lição em Wanderley Luxemburgo no aspecto tático. Sabendo usar as laterais do campo, o São Paulo fez surgir os dois gols que lhe deram a vitória. Desde o início, o Palmeiras se viu sem espaço para jogar.
No primeiro tempo, a vantagem territorial do São Paulo se deveu principalmente a uma boa marcação da saída de bola do Palmeiras e a um melhor uso dos laterais. Vítor, pela direita, era apoiado por Cafu. Seus avanços constantes deixaram Roberto Carlos em posição difícil e quase impedido de avançar. Até Evair voltava para ajudá-lo. Do lado esquerdo, André apoiava Muller. O gol acabou saindo por esse lado, quando o lateral fechou pelo meio e bateu.
O Palmeiras jogava excessivamente pelo meio, facilitando a tarefa de Válber e Gilmar, que não precisavam se preocupar tanto com o espaço deixado pelos avanços de Vítor e André, já que Doriva mal passava da linha do meio de campo e colaborava na destruição.
A entrada de Amaral no lugar de Gil Baiano, no intervalo, piorou a situação do Palmeiras, pois nem Mazinho nem Amaral assumiram inteiramente a função de lateral. O gol de pênalti de Leonardo nasceu justamente de um contra-ataque por esse setor. Roberto Carlos foi obrigado a sair da esquerda para derrubar Euller na área.
O segundo gol do São Paulo desorganizou completamente o Palmeiras. Edílson entrou para jogar pela direita, ao lado de Mazinho, que deixou para Amaral a função de defesa. Mas o time de Telê já estava recuado e André, em um dia feliz, não teve dificuldade para neutralizar Edílson. A entrada de Axel contribuiu para aumentar o bloqueio da área são-paulina, território impenetrável para os palmeirenses.
Perdido em campo, o Palmeiras esperava um golpe de sorte que não veio. Rincón perambulava pelo gramado sem posição fixa. Roberto Carlos começou a avançar com mais perigo, mas Cafu voltava para ajudar Vítor. Antônio Carlos também decidiu atacar, expondo ainda mais a defesa palmeirense aos contra-ataques de Muller, Leonardo, Euller e Juninho. Telê havia vencido mais um duelo.

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