São Paulo, segunda-feira, 28 de fevereiro de 1994 |
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Telê usa 'tática de F-1' e ganha clássico
FLAVIO GOMES
Até fazer 1 a 0, os são-paulinos já haviam criado pelo menos duas grandes chances de gol. Na primeira delas, aos 4min, Muller fez um passe esplêndido para Leonardo, que, dentro da área, chutou de primeira de pé esquerdo. Sérgio pegou no susto e a bola ainda bateu na trave. Dois minutos depois, o ponta Euller recebeu na direita e fez o cruzamento a meia altura. César Sampaio cortou com a mão, mas o juiz Cerdeira não percebeu. Explorando a velocidade de Euller e Muller, o São Paulo chegava fácil ao ataque em rápidas trocas de passes. Mas foi de uma jogada individual que saiu o primeiro gol. André fez fila pela meia esquerda, driblou Gil Baiano, deu um corte para dentro que tirou Cléber e César Sampaio do lance e bateu forte, da meia-lua, de pé direito: 1 a 0. O Palmeiras até que reagiu bem e conseguiu empatar aos 18min numa bela escalada de Evair pelo meio. Marcado à distância por Válber, ele teve espaço para ajeitar a bola e, de frente para o gol, bater rasteiro no canto direito de Zetti. O mesmo Evair, aos 38min, fez outra boa jogada pela esquerda, cruzando para Rincón cabecear. Desta vez Zetti conseguiu espalmar. Sem Gil Baiano, que saiu no intervalo, os palmeirenses ficaram fragilizados pelo setor direito de sua defesa. E foi por lá que o São Paulo, na segunda etapa, ganhou o jogo. Num contra-ataque relâmpago, que começou com uma veloz saída de bola de Zetti, Leonardo lançou Euller. O "Filho do Vento" ganhou na corrida de Roberto Carlos e foi derrubado dentro da área. Leonardo bateu o pênalti no canto direito, aos 9min, e desempatou o jogo. Luxemburgo ainda tentou alguma coisa, tirando o apagado Edmundo para a entrada de Edílson. Mas Telê respondeu na hora, reforçando o meio-campo com Axel no lugar de Palhinha. Depois, ainda colocou o descansado Juninho para puxar os contra-ataques e perturbar os zagueiros palmeirenses. Aos 32min Euller, numa dessas jogadas, disparou pelo meio e perdeu um gol feito, tocando à esquerda do desesperado Sérgio. Com Rincón errando muitos passes e lento na armação das jogadas de frente, o Palmeiras apelou para os manjados cruzamentos na área, que Zetti anulava saindo bem do gol. De quebra, ainda devolvia rápido a bola para a resposta imediata dos atacantes são-paulinos. Outras chances foram criadas pelos pupilos de Telê, como no chute de Leonardo aos 43min que Cléber desviou com a mão, em novo pênalti não marcado pelo juiz. A velocidade tricolor aniquilou o Palmeiras. (Flavio Gomes) Texto Anterior: Luxemburgo enfiou a faca no próprio peito Próximo Texto: Em um dia, Telê cria o novo São Paulo Índice |
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