São Paulo, segunda-feira, 7 de março de 1994
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PMDB estimula disputa interna

KENNEDY ALENCAR
DA REPORTAGEM LOCAL

A cúpula do PMDB paulista avalia que não tem entre seus pré-candidatos ao governo do Estado um nome "bom de voto", que possa obter o apoio do ex-governador Quércia e do governador Fleury.
A saída foi a de permitir que os pré-candidatos –três oficiais e, pelo menos, mais seis pretendentes– lutassem para ver quem leva a indicação.
O governador Fleury, que num acordo com Quércia recebeu o direito de indicar o candidato à sua sucessão, disse que "quem se viabilizar terá apoio". Os três pré-candidatos oficiais do PMDB são: Barros Munhoz, deputado estadual; Michel Temer, ex-secretário estadual de Governo, e Alda Marco Antônio, também ex-secretária estadual.
Barros Munhoz é o pré-candidato mais fortalecido junto ao governador. Recebe, porém, vetos de peemedebistas históricos. No partido há menos de um ano, o deputado é identificado com o PTB.
Deputados federais e estaduais com participação na Executiva paulista acreditam que o escolhido deve ser um nome com tradição no PMDB, o que aumentam as chances de Michel Temer. Quércia tem sido um dos principais estimuladores da candidatura de Temer.
Alda Marco Antônio é quercista histórica. Há peemedebistas que acham que a ex-secretária quer se fortalecer para disputar uma vaga de deputada federal. Alda rejeita essa idéia.
A pré-candidatura de Luiz Carlos Santos, líder do governo federal na Câmara, é vista como manobra de Fleury para sugerir o nome de José Fernando da Costa Boucinhas (secretário estadual de Planejamento). Santos é inimigo de Quércia.
O deputado federal Wagner Rossi volta a articular para obter a indicação. O vice-governador paulista, Aloysio Nunes Ferreira, nega que é candidato.
Prefeitos do interior defendem a candidatura de Tidei de Lima, que administra Bauru, e é um nome ligado a Quércia.
O escolhido para o PDT de Leonel Brizola foi o ex-prefeito de Osasco Francisco Rossi. O PL está indeciso entre uma aliança com o PSDB e o PPR.
O PFL estuda aliança com o PMDB. Ainda há indefinição do PFL paulista, devido à aproximação entre a direção nacional e o prefeito de São Paulo, Paulo Maluf. (KA)

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