São Paulo, segunda-feira, 7 de março de 1994
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Revoada de campanha; Sorte grande; Rombo à vista; Pressão por mudanças; Lance diplomático; TIROTEIO

Revoada de campanha
O clima eleitoral já toma conta de Brasília. No fim-de-semana, quase não havia políticos na cidade. Até Nélson Jobim (PMDB-RS), que vinha permanecendo para cuidar da revisão, foi à convenção estadual de seu partido.

Sorte grande
Os 11 procuradores da República que vão investigar os parlamentares acusados na CPI do Orçamento fizeram sorteio para distribuir os processos: tiraram os nomes dos "alvos" no papelzinho.

Rombo à vista
Em palestra a empresários, Mário H. Simonsen se disse preocupado com os efeitos do Plano FHC nos bancos estaduais. Confirmada a queda da inflação, a receita encolherá ao mesmo tempo em que o ano eleitoral pressionará despesas.

Pressão por mudanças
Armando Pinheiro (PPR-SP) desafia o governo a aceitar o gatilho salarial de 5% a ser acionado sempre que o aumento do custo de vida atingir esse índice. "Se eles não têm medo de aumentos, então que aceitem o gatilho", diz.

Lance diplomático
Vice-presidente dos EUA, Al Gore fará na Argentina seu principal discurso na América do Sul. Isso porque será sobre telecomunicações e, feito no Brasil, poderia parecer pressão sobre o Congresso revisor, que discute o monopólio.

Cobrança
Aldo Rebelo (PC do B-SP) não gostou da decisão do PT de participar da revisão para tentar obstrui-la. "É o caso de perguntar se os próximos passos do PT serão apoiar o plano e fazer o Lula vice do Fernando Henrique."

Cardápio variado
Nélson Jobim concluiu quatro propostas de reforma tributária para a revisão. Os líderes partidários decidirão agora qual delas se transformará no parecer do relator.

Pela base
A campanha coordenada por Betinho de criação de empregos para combater a miséria prevê a formação, nos municípios, de comissões de empresários, trabalhadores e o prefeito. As secretarias estaduais do Trabalho auxiliariam.

Tapando o buraco
Ministro das Comunicações, Djalma Morais foi à ECT comemorar a superação do baque financeiro da empresa no governo Collor. Os Correios praticamente não recorrem mais ao Banco do Brasil para fechar o balanço diário.

TIROTEIO
De Ronan Tito (PMDB-MG), sobre a possibilidade de FHC deixar o cargo até o dia 2 de abril para concorrer à Presidência:
– Se isso acontecer, estará confirmado o comentário de De Gaulle de que o Brasil não é um país sério.

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