São Paulo, segunda-feira, 7 de março de 1994
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Estada em Bariloche inclui jipes, rafting, trilhas e muito churrasco

ESPECIAL PARA A FOLHA

Os quatro dias em Bariloche foram como férias para nós. Descer corredeiras em um barco de borracha, percorrer trilhas a cavalo bordeando imensos lagos e despenhadeiros e sentir um jipe 4x4 subindo em precários caminhos de pedra em meio a uma vegetação exuberante.
Num dos passeios, saímos de San Carlos de Bariloche em direção sudeste passando ao lado das montanhas. Fomos até um abrigo de montanha saltando por cima de troncos e pedras e de lá caminhamos por um bosque de Lengas. Fomos até a Laguna Verde onde demos um mergulho surpreendente, pois a água estava quente. Depois de um churrasco, voltamos de barriga cheia saltitando pelas pedras.
Num outro dia fomos de furgão até a margem do rio Manso, que em alguns trechos de manso não tem nada, para participarmos de um rafting. O rio tem partes de extrema tranquilidade, onde se pode observar calmamente as trutas que nadam quase ao alcance das mãos. De repente, espumas, pedras, a voz do guia gritando para remarmos com força e a adrenalina no sangue.
Finalmente chegou a hora da partida de Bariloche. Pegaríamos um barco que atravessa o lago Nahuel Huapi, até próximo à fronteira com o Chile, onde após uma combinação de trechos de barco e estrada chegaríamos a Puerto Montt. O pier fica a 25 km do centro da cidade, em frente ao mais famoso hotel da região, o Llao-Llao. Passamos a noite dormindo no chão cheirando a urina, em um ponto de ônibus próximo ao pier. No dia seguinte partimos rumo ao Chile.
Na cobertura do barco, as gaivotas ofereciam um show especial. As pessoas seguravam pedaços de bolacha que as aves levavam com mergulhos precisos. Depois de mais dois barcos, chegamos a Petrohue, próxima ao vulcão Osorno, já em território chileno. Logo nos primeiros quilômetros pudemos observar o poder de um vulcão. Mesmo extinto há muito tempo, toda a paisagem da região tinha sua marca.
O relevo plano e a ausência de vento permitiram que viajássemos a uma velocidade média de 22 km/h. Neste ritmo logo estávamos em Puerto Varas, última parada antes de Puerto Montt.
Já era tarde e chovia quando chegamos a Puerto Montt, cidade dos mariscos e outros frutos do mar. No dia seguinte, saimos para conhecer a cidade e paramos num pequeno restaurante para provar as delícias locais. Comemos um "curanto" (prato com 12 tipos de marisco) que demorou dois dias para ser digerido. Demoraria mais se não fosse o maravilhoso vinho chileno.

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