São Paulo, segunda-feira, 7 de março de 1994 |
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Garotos acham Fusca 'perdido'
ESPECIAL PARA A FOLHA Depois de algum tempo parados, voltamos a sentir o cheiro de suor nas luvas de couro. Os pneus deslizam sobre as pedras da carretera Austral.Quando chegamos pela primeira vez a Chaiten, o tempo estava fechado e com chuva. Encontramos dois ciclistas que nos disseram que pegaram dez dias de chuva na trilha, vindo do sul. Fomos conhecer a ilha de Chiloe. Quando voltamos a Chaiten fiquei surpreso com o bom tempo e o sol. Nosso primeiro dia de carretera foi maravilhoso, quente, com sol e vento a favor. Estávamos percorrendo uma estrada de terra e pedra daquelas, margeando lagos e picos cobertos de gelo. Para nossa alegria o percurso até aqui é praticamente plano, com pouquíssimas subidas. Mesmo começando tarde –já eram 14h30– percorremos tranquilos 54 km até um camping na beira do largo Yelcho, perto de Puerto Gardenas, uma pequena localidade na beira do lago. Na carretera encontramos inusitados viajantes. Cruzamos com um chinês que participou do Paris-Dacar duas vezes, de moto. Em outro dia, paramos para pegar água de uma fonte em um buraco na pedra e vimos um Fusca todo remendado, sem párachoques e com aquela pintura cinza, com a placa de Florianópolis. Era de uma brasileira casada com um chileno. Foram os únicos brasileiros que encontramos na carretera. Texto Anterior: Estada em Bariloche inclui jipes, rafting, trilhas e muito churrasco Próximo Texto: Vitor e Osvaldo mudaram duas vezes sua rota e não se arrependeram Índice |
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