São Paulo, segunda-feira, 7 de março de 1994 |
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O punk está de volta na moda e na música
MARCEL PLASSE
A "new wave of the new wave" usa ódio e raiva como refrões. O grupo menos obscuro, "S.M.A.S.H.", compôs uma música com os nomes dos membros do partido conservador britânico que gostaria de matar. A molecada é muito nova para ter visto os Sex Pistols ao vivo, mas mesmo assim o baixista da banda Compulsion copia o visual de Sid Vicious. Há dois anos, esse tipo de macacagem seria ridicularizado. "Timing" é tudo. A versão de 1994 para 1977 tem, no lugar da disco music, techno, e no do rock progressivo, ambient house e rock etéreo. A volta anunciada do punk cai direitinho no revival dos 70, que atravessa música e moda. A sincronicidade é suspeita. Os estilistas Colonna, Mondino, Gaultier, Koshino e até a criadora do estilo punk dos 70, Vivienne Westwood, têm novas coleções em tecido preto, desfiado e coberto por metais. O punk de etiqueta veste modelos com body piercing e cabelos arrepiados. Mas o punk para inglês ver desconsidera o hardcore americano e o movimento de punk feminista "riot grrls", já veteranos. Mais chato, ainda: só a conservadora revista inglesa "Vox" lembrou que fevereiro marcou 15 anos da morte de Sid Vicious. Texto Anterior: Fugazi vem nos dar aula de integridade em agosto Próximo Texto: Planetas receberam nomes de deuses da mitologia greco-romana Índice |
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