São Paulo, segunda-feira, 7 de março de 1994
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Tim Robbins evita rótulos

DE NOVA YORK

Entrevistar Tim Robbins é quase tão engraçado como ver sua personificação do ingênuo Norville Barnes em "The Hudsucker Proxy". Antes de ele se acomodar, contamos que os irmãos Coen o chamaram de "O Jerry Lewis dos anos 90" pela coleção de expressões faciais que exibe no filme. "Sacanas!", reage, pulando do sofá e saindo atrás dos diretores. "Eles retiram o que disseram", disse, sorrindo, ao retomar a conversa seguinte:
Folha - Depois de "Bob Roberts" e "O Jogador", fazer uma comédia romântica foi um problema?
Tim Robbins - De jeito nenhum. Eu não acredito que todos os filmes tenham que ter conteúdo político. Nem quero ser rotulado como um tipo específico de ator.
Folha - O produtor Joel Silver, de "Hudsucker Proxy", disse que vai convidar você para estrelar um filme de ação.
Robbins - Ele realmente disse isso? Ele é louco. Meu próximo filme é "Prêt à Porter", de Robert Altman.
Folha - E como foi fazer um personagem burro?
Robbins - Norville é só um ingênuo. É um jovem que sonha chegar ao topo.
Folha - O que um ator da sua geração sente ao contracenar com Paul Newman, tendo o papel principal?
Robbins - Depois de ter a carreira que ele teve, acho realmente uma prova de humildade e generosidade dar seu apoio aos irmãos Coen e a mim. Quero ser capaz de ter a classe que ele mostrou.

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