São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

5 funcionários da Suframa são presos

DA FOLHA NORTE E DA AGÊNCIA FOLHA

A Polícia Federal prendeu cinco funcionários da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) envolvidos no caso da "máfia do açúcar". Três deles estão presos na Cadeia Pública de Rio Preto desde ontem. Raimundo Oliveira Gomes, Átila Passos da Cruz e Jeziel Vieira de Souza foram presos em Porto Velho pelo delegado Ademir Alves, de São José do Rio Preto (SP).
O delegado José Nazareno Rodrigues, que chefia as investigações, chega hoje em Rio Preto, vindo de Brasília, trazendo outro envolvido no caso, José Renato Oliveira Alves. Uma equipe da Polícia Federal chega hoje de Manaus trazendo preso Jonas Bezerra de Abreu, funcionário da Suframa em Manaus.
As cinco pessoas presas pela PF estão envolvidas na venda fictícia de açúcar para a região amazônica. Segundo as investigações, empresas forjavam negócios naquela região com objetivo de sonegar IPI e ICMS. Os produtos vendidos para a Amazônia têm isenção fiscal. Os prejuízos somam US$ 60 milhões, segundo a PF.
Em entrevista à Folha, o delegado Nazareno afirmou que cerca de cem pessoas serão indiciadas no inquérito aberto pela Polícia Federal, todas donas de empresas "fantasmas'. Levantamento da PF descobriu cerca de 60 empresas fictícias na região norte, que faziam o papel de receptoras do açúcar.
O superintendente da Suframa, Manoel Rodrigues, disse que José Renato Oliveira pediu afastamento na função no dia 28 de fevereiro. Os outros quatro, segundo ele, tinham sido afastados anteriormente por suspeita de envolvimento com a "máfia" que esquentava notas fiscais frias dos sonegadores.

Texto Anterior: Escolas de SP já adotam o manual do jovem eleitor
Próximo Texto: Decisão do Congresso revisor acelera sucessão
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.