São Paulo, sábado, 12 de março de 1994
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Papéis pós-fixados estão com taxas em alta

DA REDAÇÃO

O mercado financeiro manteve sua tranquilidade ontem. O Banco Central interveio logo pela manhã e sinalizou a taxa/over de 50,5% ao mês. As instituições financeiras procuraram "zerar" rapidamente suas posições.
Os investidores estão evitando fazer aplicações em CDBs. Os juros dos papéis pós-fixados passaram da faixa de 21% a 23% ao ano mais Taxa Referencial para 22% a 24% ao ano.
As instituições estão tendo dificuldades também de renovar as aplicações de CDBs nas agências, direcionando os papéis para os fundos de investimento.
No mercado cambial, os papéis de exportadoras ("export notes") elevaram seus juros para o prazo de 180 dias de 22% ao ano mais variação cambial para 30% ao ano.
A demanda por operações de empréstimo em "hot money" está fraca, por causa do aumento no custo da operação com o IPMF.
As Bolsas continuaram "andando de lado", sem definição de tendência. Os investidores externos estão "neutros" com relação ao mercado, ou seja, não estão realizando vendas expressivas, mas também não estão comprando. Os investidores nacionais é que estão movimentando os pregões.
Ontem, o índice Bovespa registrou alta de 0,1% e o índice Senn (Bolsa Rio) subiu 0,3%. O volume de negócios na Bolsa paulista reduziu-se de US$ 357,87 milhões no dia anterior para US$ 280,27 milhões ontem.(Rodney Vergili)

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 1,522% no dia 9, o que projeta 39,58% para o mês. Segundo a Andima, a taxa/over fechou a 50,50% ao mês, o que significou um rendimento diário de 1,68%, projetando 44% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros oscilaram entre 50,60% e 50,70% ao mês por um dia.

CDB e caderneta
As cadernetas que vencem hoje rendem 35,8659%. CDBs prefixados negociados ontem: de 5.400% a 5.620% ao ano para 31 dias. Os CDBs pós-fixados de 90 dias: 22% a 24% ao ano mais a variação da TR.

Empréstimos
Empréstimos por um dia (""hot money") contratados ontem: de 50,50% a 50,80% ao mês. Para 31 dias (capital de giro): de 5.430% a 5.640% brutos ao ano.

No exterior
Prime rate: 6%. Libor: 4,0625%.

AÇÕES

Bolsas
São Paulo: alta de 0,1%, fechando com 12.687 pontos e volume financeiro de CR$ 205,184 bilhões, contra CR$ 258,014 bilhões no dia anterior. Rio: alta de 0,3% (I-Senn), fechando com 47.323 pontos e volume financeiro de CR$ 18,13 bilhões, contra CR$ 43,48 bilhões no dia anterior.

Bolsas no exterior
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou com 3.862,70 pontos, o que significou queda de 32,08 pontos. O índice Financial Times da Bolsa de Londres fechou com 2.519,00 pontos, com queda de 27,50 pontos. O índice Nikkei na Bolsa de Tóquio fechou com 20.115,31 pontos, com alta de 24,60 pontos.

DÓLAR E OURO

Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 732,080 (compra) e CR$ 732,090 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 720,882 (compra) e CR$ 720,894 (venda). "Black": CR$ 709,00 (compra) e CR$ 716,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 700,00 (compra) e CR$ 718,20 (venda).

Dólar-turismo: CR$ 681,00 (compra) e CR$ 707,00 (venda), segundo o Banco do Brasil.

O grama de ouro na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) registrou alta de 0,68%, fechando a CR$ 8.855,00. A BM&F movimentou ontem 3,1 toneladas, contra 4,8 toneladas no dia anterior.

No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres, a libra foi cotada a US$ 1,5025, contra 1,5007 no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,6770 marco alemão, contra 1,6900 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar fechou cotado a 104,98 ienes, contra 105,57 ienes no dia anterior. Em Nova York, a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 385,30, contra US$ 387,30 no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para março ficou em 46,16% e em 46,94% para abril. No dia anterior, a projeção estava em 46,02% ao mês para março e em 46,95% para abril.
No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para abril ficou em 18.750 pontos, projetando uma lucratividade de 42,63% ao mês.
No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial para março ficou em 42,98%, contra 42,84% no dia anterior.

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