São Paulo, sábado, 12 de março de 1994 |
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Diminui ritmo dos reajustes em março
MAURO ZAFALON
A alta de preço deste início de mês equivaleu à variação da URV que, no mesmo período, foi reajustada em 8% pelo Banco Central. Já nos 12 hipermercados pesquisados, a elevação média dos preços foi de 10,53%, acima dos 9,83% do final de fevereiro. Apesar da pressão menor nos supermercados neste início de mês, a aceleração de preços nas últimas quatro semanas foi grande: 48,4%. Nos hipermercados, os reajustes foram ainda maiores: 49,38%. Firmino Rodrigues Alves, da Associação Paulista de Supermercados, não se anima com esta pressão menor neste mês. As negociações com as indústrias estão complicadas, o que pode tornar difícil até a reposição de mercadorias nas prateleiras." Os supermercados estão se abastecendo nos atacadistas." As redes querem comprar em URV, mas as indústrias aguardam uma definição de seus fornecedores de matérias-primas para tomar uma decisão. Além disso, os donos de supermercados querem a aplicação de um deflator de pelo menos 48%. Este percentual foi montado com base na retirada das taxas de juros, redução de custos das indústrias no pagamento de impostos e retorno à média de preços dos últimos quatro meses de 93. O repasse médio nas listas de preços das indústrias para os supermercados está entre 41% a 42%. Esta taxa pode ser maior ainda uma vez que as indústrias estão cancelando os descontos de 10% a 15% de vários produtos nos setores de laticínios, limpeza e higiene, afirmou Rodrigues Alves. Mas se os preços dos industrializados devem continuar subindo, os alimentos básicos devem começar a pressionar menos. O arroz, em início de safra teve queda nominal na semana, enquanto a chegada da colheita paulista de feijão vai dar maior estabilidade aos preços. Apesar da safra, o boi no pasto está com alta diária, forçando o reajuste dos preços no varejo. A alta na semana nos supermercados chegou a 16,5% em alguns cortes, puxando junto os preços da carne suína (11,7%) e de frango (6%). Outra pesquisa do Datafolha mostrou que os alimentos básicos subiram 8,59%, abaixo dos 11,78% da última semana de fevereiro. Texto Anterior: Papéis pós-fixados estão com taxas em alta Próximo Texto: Indústria repete vendas do ano passado Índice |
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