São Paulo, domingo, 13 de março de 1994
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Empresas esperam o real

Se você é associado de um plano de saúde, provavelmente vai continuar a pagar suas mensalidades com os reajustes previstos no contrato original. É que as empresas do setor só pretendem alterar o indexador de seus contratos antigos quando houver a mudança de moeda para o real. Foi esta a decisão da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo), em reunião na semana passada.
Segundo a assessoria de imprensa da Golden Cross, a empresa não quer se precipitar porque a medida provisória 434 ainda não foi votada pelo Congresso e pode sofrer alterações, que provocariam novas mudanças nos contratos, gerando um alto custo operacional. Outras empresas do setor consultadas pela Folha afirmaram estar estudando a melhor forma de conversão. Esperando o real, as empresas se arriscam a ser obrigadas a adotar a forma de conversão que será estipulada pelo governo, provavelmente uma média de meses anteriores.
Já quem for entrar para um plano de saúde a partir do próximo dia 15 assinará o contrato em URVs. As empresas pretendem cumprir com isto uma determinação da MP 434.
Se nada muda para as pessoas físicas, quem tem um plano de saúde através da empresa na qual trabalha pode ter seu contrato modificado. Segundo a Abramge, neste caso tudo depende de negociação entre as partes envolvidas.
Quem tem um seguro-saúde também não deve prever mudanças antes que o real seja instituído. É que o artigo 16 da MP 434 determina que qualquer alteração nas apólices só pode ser efetuada de acordo com normas estabelecidas pelo CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados). Isto vale também para os novos contratos, feitos a partir do dia 15.
Haydee Zenella, chefe de gabinete da Susep (Superintendência de Seguros Privados), disse que a entidade está finalizando um estudo sobre a forma de conversão, que deverá ser enviado ao CNSP, talvez já nesta semana.

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