São Paulo, domingo, 13 de março de 1994
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Avaliar trabalhos anteriores é praxe na criação publicitária

DA REDAÇÃO

Nem sempre o currículo é o principal instrumento de seleção dos candidatos a um emprego. A área de criação publicitária geralmente se utiliza da avaliação visual dos trabalhos anteriores do profissional como "arma". "Este é um dos raros setores em que a experiência de um candidato pode ser julgada de maneira rápida e palpável", diz Washington Olivetto, 42, presidente da W/Brasil.
A avaliação é feita por meio da análise do "portfolio", um conjunto dos melhores trabalhos do candidato. "Trata-se de um material menos frio que a leitura de um currículo e que dá uma idéia mais precisa das qualidades do profissional", explica Paulo Ghirotti, 43, diretor de criação da DPZ.
Ambos os publicitários avaliaram a carta de apresentação ao currículo do diretor de arte Sérgio Bastos. O formato escolhido para a elaboração do material foi o de um "anúncio", no qual Bastos se coloca como um "produto" à disposição das agências de propaganda. Olivetto e Ghirotti concordam que o material é original, mas insuficiente para a avaliação do profissional. "Pode despertar a curiosidade do selecionador, fato que nem sempre resulta numa entrevista", argumenta Olivetto.
O portfólio, portanto, é imprescindível. Para Ghirotti, a eficiência desse material tende a aumentar se for apresentado pessoalmente ao selecionador –mesmo que, para isso, o candidato tenha que esperar por mais de um mês. Quem prefere enviar um currículo anexo, segundo Olivetto, deve ter o cuidado de torná-lo absolutamente conciso.
Leitores podem enviar seus currículos, que serão selecionados exclusivamente para análise de consultores e publicação nesta seção, para Caderno Empregos – Seção "Seu Currículo" – al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, CEP 01290-900, São Paulo, SP. A Redação considera que o autor do currículo consente com a publicação parcial ou total das informações nele contidas.

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