São Paulo, domingo, 13 de março de 1994
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Para político, dirigente é gângster

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

O deputado estadual Sérgio Cabral Filho (PSDB) vê as ameaças de Eurico Miranda como "típicas de um gângster". Diz sentir "tristeza", por ser ameaçado pelo dirigente do clube para o qual torce.
Chamado de mau vascaíno pelo vice-presidente de futebol do Vasco da Gama, Cabral responde: "Mau vascaíno é ele, que já perdeu eleição para presidente do clube. O Vasco é muito maior do que Eurico. Ele não entra em campo para jogar bola, só para atrapalhar o espetáculo, com seguranças armados."
Eurico, que é apontado como o mais truculento dos "cartolas" cariocas, ainda continua sonhando com o posto máximo na diretoria do clube carioca.
Se o presidente do clube, Antônio Calçada, não se candidatar este ano à presidência, Eurico tentará chegar ao cargo de seus sonhos. É diretor de futebol desde 1986. Seria o auge do filho de um imigrante português do Aveiro, que ganhava a vida como comerciante no Rio de Janeiro.
Sérgio Cabral Filho rebate outras acusações de Miranda. O deputado, que seria o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre corrupção no futebol do Rio, abortada pela Justiça, nega que alguma vez tenha recebido contribuição financeira de Miranda para campanha eleitoral. Afirma que seu pai, jornalista Sérgio Cabral, também nunca recebeu.
"Como alguém que tivesse sido ajudado por ele pediria a quebra do seu sigilo bancário? Não tem sentido. Convido-o a fazer um teste: andarmos pelo Centro do Rio. Eu serei cumprimentado pelas pessoas. Com ele seria diferente", afirma o deputado estadual.(MM)

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