São Paulo, domingo, 13 de março de 1994
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Sem contrato, técnico quer ficar

DO ENVIADO ESPECIAL

O técnico Chico dos Santos costuma dizer que a equipe da Nossa Caixa adquiriu autoconfiança com muito trabalho e pouca conversa. "Consegui impor meu ritmo aos poucos. O resultado está aí", festeja Chiquinho, com discrição.
Sem contrato com a Nossa Caixa, Chico aguarda o fim da Liga para ver como fica sua situação no clube. "Ainda vou esperar um pouco. Mas, ao que tudo indica, devo permanecer no comando da equipe", diz.
No vôlei há 17 anos, Chico diz que o esporte para ele é um vício. Com uma pequena passagem pela equipe juvenil do time de vôlei masculino do XV de Novembro, de Piracicaba, ele afirma que prefere dirigir times femininos.
"Treinar com mulher é mais gostoso", diz Chico, que em 1989, apesar do vício, acabou se decepcionando com o vôlei e foi cuidar de sua rotisserie em Ribeirão Preto. "Lá consegui ganhar dinheiro, mas com o vôlei ainda não ganhei quase nada. Tenho 34 anos e nem casa consegui comprar", afirma o treinador.
Com um projeto em andamento em conjunto com a Prefeitura de Ribeirão Preto, que visa criar 4.000 vagas nas escolas públicas da região para ensinar vôlei só para meninas, Chico garante que, se tudo der certo, uma nova geração vai surgir para o esporte. "Meu sonho é poder passar para outras pessoas o que consegui aprender em todos estes anos atuando no vôlei. E, se for possível, ensinar para a garotada todos os fundamentos do esporte", diz.(SK)

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