São Paulo, domingo, 13 de março de 1994
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Ave é a mais acrobática de todos os tipos de araras

VICTOR AGOSTINHO
DO ENVIADO ESPECIAL

Segundo ele, isso acontece porque a arara-azul de lear vive em barrancos e precipícios e foi obrigada a aprender a trocar de rota muito rápido. "Elas conseguem fazer um looping, mergulhar, dar vôos rasantes e pousar sem se machucar nos cactos da região. Elas são espetaculares".
O ornitólogo Pedro Lima explica que existem quatro espécies de araras-azuis no Brasil: Cyanopsitta spixii, Anodorhynchus leari, Anodorhyncus hyacinthinus e a Anodhorhyncus glaucus.
A spixxi, que mede cerca de 57 cm, está praticamente extinta. Os pesquisadores conhecem a existência de um único indíviduo dessa espécie que vive com outras araras em Curaçar, na divisa da Bahia com Pernambuco.
Sobre a hyachintinus sabe-se um pouco mais. Ela mede 93 cm e pesa, em média, 1,5 kg. Essa arara vive no pantanal mato-grossense e também na divisa da Bahia com o Piauí. As informações sobre a glaucus também são poucas. Sabe-se que ela está à beira da extinção e mede cerca de 68 cm. No Brasil, são encontradas 11 espécies de araras, segundo o ornitólogo Pedro Lima.
Uma curiosidade: o Zôo do Bronx, em Nova York, onde fica a sede da Wild Life Conservation Society, não mantém em exposição nenhuma arara. "As araras precisam ser protegidas no campo. Existem araras que podem ser vistas pelas crianças em cativeiros de criadores em qualquer lugar da cidade", disse Charles Munn.

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