São Paulo, quarta-feira, 16 de março de 1994
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O diabo e a cerimônia

No início da década de 70, o atual deputado Ney Lopes (PFL) era secretário da Justiça do Rio Grande do Norte. Em certa ocasião, foi a uma cidade do interior do Estado para representar o governador na cerimônia de inauguração de uma linha de transmissão de energia elétrica.
Assim que chegou, Lopes foi abordado pelo prefeito, que ainda não sabia da ausência do governador. Cercado de autoridades locais, o prefeito queria saber quando chegaria o governador.
– Ele teve um problema de agenda e não vai poder comparecer –procurou explicar o secretário da Justiça.
Decepção geral. Mesmo assim, a cerimônia teve início. Os líderes políticos do município se revezavam ao microfone com seus longos discursos. Até que chegou a vez de o prefeito falar.
Mesmo contrariado com a ausência do governador, o homem quis contornar a situação com bom humor. Apelou para um ditado comum no Nordeste, mas acabou cometendo a gafe:
– Pois é, meus amigos, o diabo quando não vem manda seu secretário.

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