São Paulo, quarta-feira, 16 de março de 1994 |
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Cresce verba destinada ao meio jornal
NELSON BLECHER
A Gessy Lever conquistou, pelo segundo ano consecutivo, o título de maior anunciante do país, com verba de US$ 89,4 milhões, segundo ranking ontem divulgado pela Nielsen. A Autolatina manteve-se na vice-liderança. Os anunciantes que mais avançaram no ranking foram: Lopes Consultoria de Imóveis (da 21ª para a 4ª posição), General Motors (da 15ª para a 5ª), Bradesco (da 16ª para a 6ª) e Antarctica (da 22ª para a 8ª). A Antarctica investiu US$ 43,2 milhões na veiculação de suas campanhas contra US$ 38,3 milhões da rival Brahma, 12ª colocada. Itausa e grupo Fenícia, que estavam entre os dez maiores anunciantes de 1992, sofreram queda. A Nestlé foi deslocada da terceira posição –agora ocupada pela Coca-Cola –para a nona. O ranking não capta descontos sobre a tabela dos veículos, merchandising e comerciais veiculados dentro de programas de TV. O Bradesco informa ter aplicado US$ 32 milhões em publicidade –US$ 13,2 milhões abaixo do valor que lhe confere a Nielsen. Também o total atribuído à Gessy Lever é superestimado, afirma o diretor corporativo Ronald Rodrigues, sem revelar o montante real. Ainda assim, segundo ele, a verba de 1993 foi maior que a de 1992, pelo fato de suas três grandes divisões (Lever, Elida Gibs e Van der Bergh) operarem em mercados competitivos: sabão em pó, cosméticos e margarinas. A exemplo da Gessy Lever, o Bradesco também prevê manter este ano o nível de investimento, segundo o diretor de marketing Romulo Lasmar. Embora tenha sido o principal anunciante de revista –tendo aplicado 14% de sua verba nesse meio –o banco reservou fatia superior para jornal (34%) e TV (46%). Maior anunciante do varejo, com verba de US$ 44,2 milhões, a Globex Utilidades (Ponto Frio) ocupa a sétima posição no ranking. "Atribuo isso ao crescimento da empresa", afirma o diretor Sergio Giorgetti, ao acrescentar que, no período, foi consolidada a aquisição da rede Buri. A Globex canaliza 74% de sua publicidade para jornal, a exemplo da campanha atualmente veiculada sob o slogan "São Paulo está no ponto". "É uma forma de manter o anúncio mais tempo na mão do consumidor", diz. Texto Anterior: Base de tributos federais é preço à vista Próximo Texto: EUA recebem decisão da empresa com preocupação Índice |
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