São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 1994
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Mercados têm reação

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A possibilidade de um acordo "stand by" do Brasil com o Fundo Monetário Internacional já refletiu nos preços dos papéis da dívida externa brasileira no mercado secundário.
Sentindo-se seguros quanto à proximidade de um acordo, os investidores partiram, desde a quarta-feira, para a compra dos mais baratos e mais arriscados "cash capitalisation bonds". O "spread" –diferença– com relação aos preços dos bônus conhecidos como "when-and-if" (quando e se o acordo for fechado), mais caros e menos arriscados, foi de apenas US$ 0,22.
Também refletindo confiança dos investidores, outro bônus da dívida brasileira, o IDU, teve alta de 1,25 pontos percentuais na quarta-feira, para chegar a 80,5% de seu valor de face. O "when-and-if" chegou a 63,25% de seu valor de face e o "cash capitalization bond", a 61,25%.
Outro mercado que deve ser afetado pela negociação da dívida brasileira é o de moedas. O dólar deve se valorizar nos mercados de câmbio internacionais no começo de abril, devido à possibilidade de acerto do Brasil com o Comitê dos Bancos Credores sobre o pacote de reestruturação da dívida.
Isso porque será necessária a venda, pelos bancos credores japoneses, de papéis em ienes no correspondente a US$ 3 bilhões para ajustar seus mecanismos contábeis.

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