São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Veja a íntegra do comunicado do Fundo

DA REDAÇÃO

Leia a seguir a íntegra do comunicado do FMI, divulgada após o encontro com o ministro Fernando Henrique Cardoso.
Como se sabe, o ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, e sua equipe têm trabalhado com a equipe do FMI (Fundo Monetário Internacional) para abordar o sério problema da inflação no Brasil e já podemos anotar progresso significativos.
O programa econômico para 1994 prevê o seguinte:
1) Conclusão do acordo de reestruturação da dívida com a comunidade bancária;
2) Uma posição fiscal mais forte –um programa que leve a déficit operacional zero em 1994, com superávit primário superior a 4% do PIB;
3) Uma planejada intensificação do programa de privatização;
4) Posição mais forte do balanço de pagamentos;
5) A política de crédito foi apertada;
6) O Congresso está trabalhando em importantes mudanças constitucionais;
7) Medidas de liberalização do comércio foram implementadas;
8) A introdução de um mecanismo (URV) que pode levar à eliminação da indexação passada.
Nas discussões com o diretor-gerente do FMI, o ministro Fernando Henrique Cardoso observou que estas conquistas só foram possíveis graças ao forte apoio do Congresso e da opinião pública do Brasil.
Tudo isto deve contribuir para criar a base para uma sensível redução da inflação através da estabilização do valor do real em relação ao dólar no momento apropriado.
Agora que o governo brasileiro se prepara para esta drástica mudança no cenário econômico, o FMI vai trabalhar em proximidade com as autoridades para ajudar a garantir que esse processo chegue rapidamente a uma conclusão bem sucedida.
Com este objetivo, propusemos às autoridades brasileiras, começando hoje, uma próxima cooperação com base num programa monitorado pelo FMI, que poderá ser seguido, provavelmente no momento acertado para uma mudança do regime monetário, por um acordo "stand-by", ou uma forma de colaboração aprimorada.
O trabalho continua com a apresentação do programa econômico do governo e sua consideração pela junta executiva do FMI. Este servirá como base para a carta de intenções para o programa do segundo semestre do ano e a estrutura básica do programa econômico para 1995. Esta base estará expressa no Orçamento de 1995, que deve ser apresentado ao Congresso em agosto.

Texto Anterior: Mercados têm reação
Próximo Texto: FMI apóia programa, mas não fecha acordo
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.