São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 1994
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Economista faz bom negócio

DA REPORTAGEM LOCAL

O economista José Gonzaga Porto, 44, se deu bem com a Unidade Real de Valor (URV). Desde de dezembro à procura de um apartamento para alugar no Brooklin, zona sul, ele conseguiu fazer um bom negócio depois da URV.
Dois dias após a edição do plano, ele fechou contrato de aluguel de um apartamento de um dormitório, mobiliado, por US$ 270 mensais ou 270 URVs, com reajuste anual. Antes do novo indexador, imóvel semelhante, mas sem mobilia, estava cotado a US$ 350. Com um detalhe: a exigência era de reajuste trimestral pelo Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio Vargas, conta Porto. Isso fere a Lei do Inquilinato para residências em vigor que prevê periodicidade semestral. "Só consegui fechar negócio por causa da URV. Esse imóvel não estava para locação antes do plano", diz o economista.
O exemplo de Porto reforça tese do presidente do Creci-SP, Roberto Capuano, que entende que o inquilino leva vantagem em uma negociação devido a essa tendência de retorno dos imóveis que ficaram fora do mercado devido à grande defasagem dos aluguéis pela regra do reajuste semestral.
O presidente do Creci prevê que os preços dos aluguéis voltem a um nível histórico de 0,3% a 0,4% do valor de venda para imóveis de alto padrão, 0,5% a 0,6% para os de médio padrão e de 0,9% a 1% para imóveis pequenos, que têm maior procura.

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