São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 1994
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Uso do AZT pode não compensar efeitos colaterais, sugere estudo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um estudo publicado hoje no "New England Journal of Medicine" questiona o uso do AZT no tratamento da Aids. Segundo os pesquisadores da Universidade Harvard, a droga traz sérios efeitos colaterais, mesmo adiando os sintomas da doença.
"Nosso estudo sugere que, se levarmos em conta a qualidade de vida, o uso do AZT é posto em questão", disse William Lenderking, chefe da pesquisa. Segundo ele, a vantagem em qualidade de vida pode ser pequena até para aqueles que mais se beneficiam.
"Se os efeitos colaterais puderem interferir na rotina diária, adiar o tratamento pode ser uma alternativa razoável", disse Lenderking. "Mas para um paciente que quer adiar a progressão da doença e está disposto a tolerar efeitos colaterais, a melhor atitude é começar o tratamento", disse.
A equipe de Harvard usou dados de um estudo de 1990 e descobriu que o tempo decorrido antes do desenvolvimento da doença e do aparecimento de efeitos colaterais era virtualmente idêntico em pacientes que receberam 500 mg de AZT ou uma amostra inofensiva.
A probabilidade de desenvolver sintomas graves foi de 20% em pacientes com a maior dosagem de AZT, 15% para os que receberam doses menores e 14% para os que tomaram a amostra inofensiva.

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