São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 1994
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Ministra tentou recuperar o patrimônio dos gregos

DA REDAÇÃO

Melina Mercouri, um monumento da moderna Grécia, morreu no último dia 6 de março, ao 71 anos, de câncer, em Nova York.
Nas décadas de 50 e 60 a atriz atuou em "Nunca aos Domingos"," Aquele que Deve Morrer" e "Topkapi", filmes que lhe valeram prestígio e reconhecimento internacional. Mas talvez tenha sido na cena política que ela deixou sua contribuição mais importante.
Em julho de 1967 uma ditadura militar passou a governar os gregos. Na época, por cinco anos, Melina Mercouri –feroz opositora do regime– viveu no exílio.
Nos anos 80, com a Grécia redemocratizada, a atriz transformou seu prestígio cinematográfico em dividendo político, atuando como ministra da Cultura em seu país. No ano passado Melina Mercouri retomou o cargo para pleitear a repatriação de obras de arte gregas que se encontram em museus europeus. Brigou especialmente pela propriedade dos mármores de Elgin, esculturas do Partenon levadas para o Museu Britânico com a permissão dos turcos no início do século passado.
Thomas Bruce, o 7º duque de Elgin, adquiriu as esculturas entre 1803 e 1812. O primeiro carregamento se perdeu no mar. Ainda assim o que restou constitui um dos maiores tesouros do museu. Sua aquisição gerou enorme polêmica e, à época, foi criticada inclusive pelo poeta Lord Byron.

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