São Paulo, sábado, 19 de março de 1994
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Peixe morre em Caraguá e vigilância proíbe venda

DA FOLHA VALE

A Vigilância Sanitária de Caraguatatuba (litoral norte de São Paulo) proibiu ontem a venda e o consumo de peixes capturados nos bairros do Porto Novo e praia das Palmeiras, na região sul do município. A proibição se deu devido à mortandade de tainhas ocorrida anteontem no trecho de praia entre os rios Juqueriquerê e Lagoa. A Cetesb (Companhia de Saneamento e Tecnologia Ambiental) vai analisar a água para saber as causas da mortandade das tainhas.
A proibição foi feita na manhã de ontem pelo secretário municipal de saúde, Marcio Rios de Medeiros, 42. Ele acionou a Cetesb para que fosse analisada as águas dos dois rios e do mar e para que fosse apuarada a causa da mortandade.
Medeiros disse que a proibição da venda e consumo de peixe permanece até que a Cetesb esclareça o caso. A medida tem como objetivo prevenir possíveis intoxicações nos moradores. Ele orientou os postos de saúde para que comuniquem qualquer caso de diarréia provocada pelo consumo de peixe procedente da região sul. Até a tarde de ontem, nenhum caso havia sido registrado na cidade.
A bióloga da Cetesb Mabel Augustowski disse na manhã de ontem que não poderia dar informações a respeito da mortandade dos peixes sem antes vistoriar o local. Ela trabalha em Ubatuba e dependia de um carro cedido pela Prefeitura de Caraguatatuba para ir até o bairro do Porto Novo. Mabel disse que pretende enviar amostra de água dos rios Juqueriquerê e Lagoa e de água do mar para análises na Cetesb em Taubaté. Ela também deve encaminhar uma amostra de peixe para o Instituto Adolfo Lutz. Os resultados dos exames devem ser divulgados na segunda-feira. Mabel disse que chama a atenção o fato de peixes só da espécie tainha terem morrido.

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