São Paulo, domingo, 27 de março de 1994 |
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URV, a faca de dois gumes
DA "AGÊNCIA DINHEIRO VIVO" Acaba amanhã o tabelamento do over em 56,5%. O Banco Central deve manter a taxa até o final do mês. Com isto, o over-selic fechará março com ganho de 46,3% e o CDI-over, de 46,9%. O CDI garantiria um juro real de 2,58% frente à inflação média/URV, estimada em 43,2%.Para abril, o mercado trabalha com a estimativa de forte aceleração da inflação. Pularia de 43,20% para 45%. Para manter o juro real em 2,58%, o BC teria de sustentar um over médio de 63,35% no mês. Mas há muitas incertezas no curto prazo, a começar pelo dilema técnico criado pela própria URV. Se o BC inaugurar abril com uma projeção realista para o indexador, de 45%, este percentual vira piso de inflação. Se fixar uma variação inicial baixa, de 43%, o indexador perde credibilidade e provoca inflação em URV. E seria melhor baixar o real com a inflação em 45% do que em 60%. O carry over contaminaria menos a nova moeda. Diversifique nos ativos indexados ao CDI-over. Texto Anterior: A ditadura das estatais Próximo Texto: Real não atropelará ajuste de contratos Índice |
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