São Paulo, quarta-feira, 30 de março de 1994
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FHC assina defesa de Fábio Magalhães

Carta-manifesto reúne mais de 300 assinaturas

DANIEL PIZA
DA REPORTAGEM LOCAL

Já passa de 300 assinaturas a carta-manifesto em protesto contra a saída de Fábio Magalhães do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Entre os nomes está o do ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso.
Anteontem o presidente do Masp, Hélio Dias de Moura, confirmou o nome de Luís Hossaka como sucessor de Magalhães no cargo de conservador-chefe do museu. Hossaka era adjunto de Magalhães e é funcionário do museu há 43 anos.
Com a confirmação de Hossaka no posto, a lista, que reivindica a permanência de Magalhães, passa a "servir de alerta"–diz uma das organizadoras do manifesto, a crítica de arte Leonor Amarante. "Hossaka é um homem honesto e competente, que conhece bem o Masp. Só esperamos que ele tenha a autonomia que um conservador-chefe deve ter."
Segundo Amarante, Cardoso telefonou no domingo para os organizadores da lista pedindo a inclusão de seu nome e dizendo lamentar o ocorrido. A carta diz: "Acreditamos que nenhuma instituição da natureza do Masp possa prescindir da experiência e competência de um profissional com a estatura de Fábio Magalhães".
Entre outros signatários do manifesto estão o deputado José Serra, o ex-governador Franco Montoro, o ex-ministro João Sayad, o arquiteto Paulo Mendes da Rocha, a atriz Esther Góes, os cineastas Hector Babenco e Arnaldo Jabor, os poetas Ferreira Gullar e Haroldo de Campos, o vice-presidente da Bienal Pedro Paulo Sena Madureira, o diretor da Bienal Jens Olesen, os artistas plásticos Tomie Ohtake, Amélia Toledo, Luiz Paulo Baravelli e Aldemir Martins, os escritores Rubem Fonseca e Fernando Sabino, o livreiro Pedro Corrêa Lago, as marchandes Luisa Strina e Raquel Arnaud e o diretor da Cinemateca Thomaz Farkas.

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