São Paulo, sexta-feira, 1 de abril de 1994
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Citados negam as acusações

DA SUCURSAL DO RIO

O ex-deputado e cantor Agnaldo Timóteo afirmou que a presença de seu nome na lista do banqueiro do jogo do bicho Castor de Andrade mostra o quanto o contraventor é organizado.
"Sempre que estou 'duro', peço dinheiro a ele. Castor é meu pai branco. Nunca fiz nada na vida de que me envergonhe. Tenho um patrimônio, mas o dinheiro está difícil", disse o cantor.
O radialista da "Rádio Globo" Washington Rodrigues, 57, disse ser amigo de Castor de Andrade há 30 anos e que considera uma ofensa qualquer insinuação de que recebe suborno.
Para Rodrigues, seu nome "foi plantado" na lista do bicheiro. "Não existe isso, eu não teria necessidade. Só na Globo, com a minha agência de publicidade, eu tenho mais de US$ 40 mil de receita", afirmou o radialista.
O oficial reformado da Polícia Militar e deputado estadual Emir Larangeira (sem partido) disse que não conhece Castor de Andrade.
"Está na cara que isso é uma farsa", afirmou o deputado Larangeira. Para ele, seu nome apareceu na lista por ser inimigo pessoas da atual cúpula do Serviço Reservado da Polícia Militar.
A deputada federal Cidinha Campos (PDT-RJ) não foi encontrada ontem pela Folha em sua casa no Rio de Janeiro nem no hotel onde se hospeda, em Brasília. Os telefones de seu gabinete na Câmara dos Deputados davam sinal de ocupado entre 17h e 18h30.
A reportagem tentou ouvir o delegado Elson Campelo, mas ninguém atendeu os dois telefones de sua residência na tarde de ontem.
O delegado Luis Mariano Torres não foi localizado ontem na Polinter (Polícia Interestadual).
Antônio Nonato da Costa, ex-titular da Divisão de Repressão a Entorpecentes, e Manoel Elísio dos Santos, ex-secretário da Polícia Militar durante o governo de Moreira Franco, não foram localizados ontem.
O diretor do Departamento Geral de Polícia do Interior, delegado Mário Covas, 60, afirmou que vê nas acusações contra os policiais uma tentativa de desmoralizar a cúpula dirigente da Polícia Civil.

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