São Paulo, sábado, 9 de abril de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Jogo com o Palmeiras surpreende São Paulo

MAURO TAGLIAFERRI; JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

A equipe do São Paulo só ficou sabendo ontem que enfrentará o Palmeiras pela Taça Libertadores. Os jogadores desembarcaram em Cumbica às 9h, vindos do Japão, onde conquistaram no último domingo o bicampeonato da Recopa Sul-americana. Poucos torcedores recepcionaram o time.
"É mesmo?", perguntou Júnior Baiano ao saber da novidade. O meia Leonardo achou positivo. "Na Libertadores os jogos são muito difíceis e por isso é melhor enfrentar um time forte aqui mesmo. Evita a viagem", afirmou.
O técnico Telê Santana, ao saber da novidade, vociferou: "O Sul-americano também já virou bagunça". Telê não teme o Palmeiras mas é contra o regulamento da competição que não permite o cruzamento de duas equipes do mesmo país nas etapas finais.
O primeiro jogo pela Libertadores ficou mesmo para o dia 27. Era para ser uma semana antes, mas a CBF requisitou o adiamento devido ao amistoso da seleção com o clube francês Paris SG, marcado para o mesmo dia.
O segundo jogo não tem data definida ainda. Como São Paulo e Palmeiras se enfrentam pelo Paulista no dia 1º de maio, a diretoria do clube quer evitar três jogos seguidos em uma única semana. O jogo pode acontecer até mesmo depois da Copa.
E se o São Paulo não sabia o que acontecia por aqui, ninguém no Brasil entendeu o que aconteceu na terça-feira, quando a equipe perdeu de 4 a 2 para uma obscura seleção de Hong Kong.
"Perdemos 10 ou 12 gols", explicou Cafu. "Perdemos 20 gols", disse Júnior. "Perdemos uns cem gols", exagerou André.
Sobre o jogo, Telê o comparou ao do São Paulo contra a Inter de Limeira, em 1992, quando a equipe disputou a Série B do Campeonato Paulista –sua única derrota no torneio, 4 a 1.
"O São Paulo falhou nas finalizações e eles foram objetivos", disse Telê. "Eles tiveram quatro contra-ataques e marcaram quatro gols", afirmou o goleiro Zetti.
No domingo, a equipe enfrenta o Santos no Morumbi às 17h. Júnior Baiano não joga, por cumprir suspensão. Outro suspenso é Guilherme que, de qualquer forma, ficaria no banco, pois Muller deve voltar. Válber deve ser escalado. O efeito suspensivo de sua pena foi confirmado pelo TJD.

Texto Anterior: O São Paulo não se resume ao futebol
Próximo Texto: Telê "só torce" por candidato à presidência
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.