São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Votação nas eleições poderá ser feita em duas urnas
DANIELA PINHEIRO
Uma urna receberia as cédulas para para presidente, governador e senador e a outra, as cédulas para deputados federais e estaduais. A decisão depende ainda da aprovação de um projeto de lei pelo Congresso. O TSE espera que o Legislativo se encarregue da elaboração da proposta. "O que vamos fazer é enviar um relatório narrando a experiência de Cuiabá –que provou a necessidade de duas urnas– e apresentar as razões disso", disse Pertence. Apesar de Pertence afirmar que a "lei não vai ser modificada e sim disciplinada', o artigo 18 –que estabelece uma só urna– terá que ser alterado. No entanto, a Constituição determina que as mudanças na lei eleitoral só podem entrar em vigor um ano após sua promulgação. Para o procurador-geral da República, Aristides Junqueira, a proibição só vale quando a alteração influencia o resultado da eleição ou beneficia algum candidato. O TSE realizou em Cuiabá (MT) uma simulação das eleições gerais deste ano. Foram testadas duas hipóteses: votação com uma e com duas urnas. Com uso de uma única urna, seriam necessárias 33 horas para conclusão dos votos de todos eleitores. Esse tempo seria reduzido à metade com as duas urnas. A divulgação dos resultados também seria apressada. O novo presidente seria conhecido quatro dias após a votação. Com a regulamentação atual, o processo de apuração pode chegar a 15 dias. Texto Anterior: O escândalo dos problemas Próximo Texto: Financiamento pode ser arma de marketing político, diz ex-senador Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |