São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 1994 |
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Estudo aponta SP como líder em favela São 1.257 contra 661 no Rio MÔNICA IZAGUIRRE
Em compensação, as favelas no Rio são muito maiores. Elas somam ao todo 235.572 domicílios, contra 207.521 habitações nas favelas de São Paulo. Pernambuco aparece em terceiro lugar com 251 aglomerados habitacionais desse tipo que, somados, representam 138.227 domicílios. Em todo o país, o IBGE constatou a existência de 3.471 favelas com no mímimo 51 habitações (as menores não foram consideradas). De todos os Estados, apenas em três -Acre, Roraima e Mato Grosso- não foram identificadas favelas. Em São Paulo, a capital detém 47% das favelas. Apesar disso, segundo o IBGE, a tendência de crescimento da "favelização" está hoje mais na periferia da região metropolitana do que na cidade de São Paulo. Essa expansão, diz a pesquisa, está diretamente ligada ao aparecimento de indústrias, que deram origem a pontos de concentração demográfica (de população). O processo de "favelização" não se limita à Região Metropolitana de São Paulo. Ele atinge também pequenas e médias cidades. Em Campinas, 74 favelas já representam 5% do total de domicílios. Em Guarujá, onde existem 36 favelas, a participação no total de domicílios sobe para 20%. Como problema ambiental mais grave, diz o IBGE, as favelas apresentam a inexistência de esgotos sanitários e precariedade no abastecimento de água. Além disso, a não oficialização de ruas internas como logradouros públicos dificulta serviços como coleta de lixo, piorando o quadro de precária higiene. O resultado da pesquisa sobre favelas do IBGE é um dos temas abordados no livro Geografia e Questão Ambiental, lançado ontem em Brasília. Texto Anterior: Folha discute influência russa na universidade Próximo Texto: Estado e CNBB levam aulas de religião às escolas públicas Índice |
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