São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 1994 |
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Candidato joga com impasse dos grupos do PT
CARLOS EDUARDO ALVES
Até agora, já foram escolhidos 54% dos delegados ao encontro. O grupo de Lula, o "Unidade na Luta" (que fica no "centro" político da legenda), cresceu em Estados importantes como o Rio Grande do Sul. Em compensação, a extrema-esquerda petista ("Na Luta PT"), avançou em grandes colégios internos do PT. É o caso, por exemplo, de Minas. Lá, os radicais elegeram 25% dos delegados. O encontro, que começa no final deste mês e termina em 1 de maio, vai votar a versão definitiva do programa de governo que será defendido por Lula na campanha eleitoral. Lula está articulando um acordo entre o seu grupo e a "Opção de Esquerda" (esquerda no espectro político petista) para chegar ao evento com uma maioria sólida. Ainda faltam definir delegados de Estados como Rio, Bahia, Ceará e Pernambuco. Mas é dado como certo no PT que é impossível qualquer reversão que permita a um grupo sozinho obter mais da metade dos delegados. Com a constatação de que ninguém poderá passar o rolo compressor no encontro, Lula está preparando um discurso para a abertura da reunião em que jogará o destino de sua candidatura no bom senso partidário. Lula pensa em argumentar que está começando a campanha, tocada até agora basicamente por ele e seu grupo mais próximo, com 36% das intenções de voto, segundo o Datafolha. Por isso, a responsabilidade de não permitir a queda passará, na ótica de Lula, pela obrigatoriedade de evitar a radicalização. Texto Anterior: Lula promete manter programa espacial Próximo Texto: 'Lula caminha para a direita', diz Mario Amato Índice |
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