São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 1994 |
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Polícia não investiga nomes da lista paulista
MARCELO GODOY
A lista foi enviada anteontem por fax à Secretaria de Segurança Pública. Nela estão relacionados membros da cúpula da Polícia Civil e políticos. "Vamos tentar localizar quem fez a lista, que é anônima. Se essa pessoa confirmar a denúncia, os citados serão investigados", disse. Policiais da equipe de combate ao jogo do bicho ouviram ontem depoimentos de pessoas que tiveram contato com o autor da denúncia. São funcionários dos hotéis Planalto e Vila Rica. Eles o descreveram como um homem baixo, gordo, com cerca de 30 anos e que vestia um terno azul. Ele teria entrado nos hotéis e se identificado como hóspede para passar a lista por fax. A corregedoria deverá fazer um retrato-falado do autor da denúncia. "Quem escreveu essa lista conhece a polícia, pois deu nomes corretos de policiais e locais onde eles trabalham. Ele corre risco." Por isso, Mello afirmou suspeitar que o autor seja policial. Ele não disse que risco o autor corre. A Folha consultou um perito do Instituto de Criminalística que afirmou ser inviável a identificação da autoria da lista através da análise do fax. Segundo ele, o fax distorce as letras do documento original, impossibilitando um laudo conclusivo para apontar em qual máquina de escrever ele foi feito. Na tarde de ontem, policiais levaram para a corregedoria 250 inquéritos sobre o bicho em São Paulo feitos pela polícia de abril de 93 até agora. As informações serão cruzadas em dois computadores da corregedoria. O objetivo é mapear as pessoas ligadas ao bicho e atingir os banqueiros do jogo. Valcyr Spinelli de Oliveira, 46, um dos "notórios bicheiros" que a polícia pediu à Justiça informações sobre seu patrimônio, disse que a investigação é uma "palhaçada". Texto Anterior: Fleury se irrita com denúncias Próximo Texto: Procurador de SP vai ao Rio Índice |
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