São Paulo, domingo, 17 de abril de 1994
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Até onde a queda é real

DA "AGÊNCIA DINHEIRO VIVO"

Até onde aqueda é real
As previsões para a inflação de maio caíram. Os sinais são de que o real só sairá em 1º de julho.
Ao lançar seu desafio ao Congresso –de reposição de perdas salariais até junho, se houver–, o ministro Ricupero implicitamente admitiu que o "Dia D" é 1º de julho.
Diante disto, os bancos baixaram suas apostas para a inflação de maio, de 47,20% para 46,50%.
O raciocínio é: já que o real não virá em junho, em maio não haverá a corrida de preços nos 35 dias de aviso prévio da nova moeda. Ela foi adiada para junho.
Entretanto, economistas alertam que a superindexação diária à URV e o protelamento do real desorganizam e inviabilizam as políticas monetária e cambial.
Mais: não se sabe o que está na frente, se o juro real baseado na inflação passada ou se os índices particulares que apontam altas de 60%.
Mas os juros perdem valor diante da gravidade das acusações do economista Gil Pace, de que os empresários mentem aos institutos de pesquisa, ao informar altas menores que as praticadas.

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