São Paulo, domingo, 17 de abril de 1994
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DISCOGRAFIA DE CAYMMI

O melhor intérprete de Caymmi é ele mesmo. Em razão disso, a discografia que se segue é basicamente de Caymmi por Caymmi, artista cuja delicadeza o impede de comentar a quase totalidade das versões de suas obras por outros cantores.
Assim, deixam de ser relacionados aqui discos como os que o Trio Surdina, Gal Costa e Paulo Moura lhe dedicaram, bem como os cinco volumes de dois "songbooks" gravados pela Lumiar há pouco por uma constelação de intérpretes da MPB.
Canções Praieiras (Odeon, 1955) - LP de estréia, ainda no tempo dos discos de 10 polegadas. Caymmi acompanha-se ao violão em "O Mar", "Saudade de Itapoã" e mais nove números. Esgotado.
Caymmi e o Mar (Odeon, 1956) - Mais canções praieiras em 10 polegadas, cantadas entre histórias que o próprio Caymmi conta. Arranjos de Leo Peracchi. Esgotado.
Eu Vou Pra Maracangalha (Odeon, 1956) - Sucessos lançados antes em discos de 78 rotações por minutos, reunidos em LP também de 10 polegadas. A maioria dos arranjos é de Gaya. Esgotado.
Caymmi e Seu Violão (Odeon, 1957) - Edição aumentada de "Canções Praieiras", com mais quatro faixas gravadas em 1957, sempre com Caymmi ao violão.
Ary Caymmi Dorival Barroso (Elenco, 1957) - Ary ao piano interpreta canções de Caymmi e este ao violão canta "Risque", "Inquietação", "Maria", etc. Relançado em 1974 em co-edição Evento-Odeon, passagens de orquestra foram acrescentadas, tirando muito da pureza do registro original. Esgotado.
Eu Não Tenho Onde Morar (Odeon, 1959) - Antigas e novas composições no melhor LP de Caymmi com orquestra. É nele que, em "Acalanto", a voz de Nana é ouvida pela primeira vez em disco, numa gravação antológica. Esgotado.
Caymmi e Vinicius no Zum-Zum (Elenco, 1967) - Gravação em estúdio do histórico show dos dois na boate de Copacabana. Caymmi canta na íntegra sua suíte "História de Pescadores". Participação do Quarteto em Cy e do conjunto de Oscar Castro Neves. Relançado em CD no ano passado.
Caymmi (Odeon, 1967) - Gravado dois anos antes, nos Estados Unidos, durante o sucesso lá de "Das Rosas". Caymmi é acompanhado pela orquestra do americano Bill Hitchcock. Esgotado.
Caymmi Visita Tom Jobim e Leva Seus Filhos (Elenco, 1967) - Há menos Caymmi do que seus filhos e Tom neste disco que tenta seguir as pegadas do gravado com Ary Barroso. Sua mulher, Stela Maris, revive seus tempos de cantora numa das faixas. Relançado em CD.
Dorival Caymmi (Odeon, 1969) - Outra coletânea de 78s, com mais quatro canções acrescentadas às oito de "Eu Vou Pra Maracangalha". Editado na série econômica Imperial. Esgotado.
Caymmi Também É de Rancho (Odeon, 1973) - Canções tão diferentes quanto "O Bem do Mar" e "Acalanto" são transformadas em marchas-ranchos pelo próprio Caymmi. Idéia de Aloysio de Oliveira, arranjos de Gaya. Esgotado.
Caymmi (Odeon, 1972) - O mais afro dos LPs de Caymmi. Nele são lançadas, entre outras, "Oração de Mãe Menininha" e "Canto de Nanã". Arranjos de Gaya.
Setenta Anos Caymmi (Funarte, 1984) - Gravado no Teatro Castro Alves de Salvador, em 30 de novembro de 1979, só foi lançado por ocasião da festa comemorativa dos 70 anos. Esgotado.
Caymmi, Som, Imagem e Magia (Sargaço, 1985) - Não lançado comercialmente, o álbum duplo foi brinde da Odebrecht. Caymmi regrava seus sucessos, ao violão ou com orquestra de Radamés Gnattali. Esgotado.
Família Caymmi (Odeon, 1987) - Gravado ao vivo no Scala 2, no Rio, durante o show que Dorival e os filhos Nana, Dori e Danilo realizaram naquela casa noturna. Clássicos de Caymmi dividem o programa com canções de outros autores.
Família Caymmi em Montreux (Polygram, 1991) - Dorival e os três filhos apresentando-se juntos na Suíça num recital nos moldes do do Scala 2. Gravado ao vivo, acaba de sair em CD.
Caymmi e Seu Violão/Eu Não Tenho Onde Morar (EMI-Odeon, 1993) - Relançamento em CD, na série 2 em 1, dos dois LPs do mesmo nome, comentados acima.
Caymmi ao Vivo (Polygram, 1994) - Relançamento em CD do álbum duplo da Funarte comentado acima. João Máximo

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