São Paulo, domingo, 17 de abril de 1994 |
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Abril é mês de protestos
RENATO MARTINS
A temporada de protestos pró-democracia na China começou este ano em 5 de abril, com o Qingming, uma espécie de Dia de Finados. Naquele dia a polícia prendeu vários jovens que levavam coroas de flores à praça Tian An Men, palco do massacre de 4 de junho de 1989, em que 3.000 pessoas, em sua maioria estudantes, foram mortas por tropas do Exército. Em março, durante a visita do secretário de Estado dos EUA, Warren Christopher, dezenas de dissidentes conhecidos foram detidos ou impedidos de ir à capital. Alguns continuam presos. Em 2 de abril, o jornalista Xi Yang, de um jornal de Hong Kong, foi condenado a 12 anos de prisão por "revelar segredos" numa reportagem sobre a política de juros do Banco Central. Em 3 de junho –por coincidência, véspera do quinto aniversário de Tian An Men,– o governo dos EUA decidirá se renova os privilégios comerciais que concede à China. A condição de Washington para a renovação é haver "melhoras significativas" na situação dos direitos humanos.(RMa) Texto Anterior: Pequim teme instabilidade social e militar Próximo Texto: Ameaça nuclear fará EUA favorecer chineses Índice |
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