São Paulo, quarta-feira, 4 de maio de 1994
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Senna não teve tempo de reação

Senna não teve tempo de reação
Da Reportagem Local
Ayrton

DA REPORTAGEM LOCAL

Ayrton Senna não teve tempo de reação no acidente que o matou em Imola, durante o GP de San Marino. Ele bateu contra o muro cerca de 4 décimos de segundo depois de perder o controle do carro.
Segundo o perito brasileiro Osvaldo Negrini Neto, a capacidade de reação do homem normalmente não é menor inferior a 5 décimos (meio segundo). Isso explica por que Senna não tentou brecar.
O piloto italiano Michelle Alboreto afirmou à TV de seu país que se o carro tivesse um dispositivo eletrônico de segurança, a batida de Senna poderia não ter sido fatal.
O dispositivo bloquearia as rodas em caso de quebra de alguma parte mecânica ou perda de aderência. Isso não evitaria a batida, mas poderia reduzir a velocidade em 50 km/h, atenuando o impacto.
Segundo Alboreto, uma diferença de 50 km/h numa batida como a de Senna pode significar a sobrevivência do piloto. A perícia italiana ainda não precisou a velocidade.
Negrini concorda com Alboreto. Para o perito, os dispositivos de comando eletrônicos (proibidos este ano na Fórmula 1) reagem em menos de 1 décimo de segundo.

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