São Paulo, domingo, 8 de maio de 1994
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O espetáculo da arte brasileira

FERNANDA PEIXOTO

A visita à Bienal Brasil Século 20 é obrigatória. Organizada em cinco módulos, se propõe a realizar um amplo painel da arte nacional: "Do Início do Século à Semana de Arte Moderna" (1901-1922); "O Modernismo Vanguardas e Realismos" (1917-1945); "As Abstrações" (1945-1960); "A Formação da Contemporaneidade" (1960-1980) e "A Atualidade" (1980 até os nossos dias).
A maior virtude da mostra – o tamanho – é também seu maior defeito. O excesso de artistas e obras e a falta de hierarquia na disposição – grandes artistas aparecem em pé de igualdade com outros medíocres – perturbam a avaliação da produção nacional.
Isto é: a quantidade não permite nenhum quadro panorâmico criterioso (temos mesmo 250 artistas?) e sequer a compreensão das produções individuais. É possível ter uma idéia da importância das obras de Iberê Camargo ou de Amílcar de Castro pelos trabalhos expostos? Um comentário adicional: a situação lamentável do prédio da Bienal compromete a exposição dos trabalhos.
Bienal Brasil Século 20. Pavilhão da Bienal, Parque do Ibirapuera, portão 3. Tel. 574-5922. Terça a domingo: 14h/21h. Ingressos: 1,5 URV e 0,75 URV (com carteirinha da UNE ou Ubes). Até 29 de maio.

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