São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 1994 |
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Campanha do real dramatiza vida confusa com a inflação Comerciais vão ao ar a partir da semana que vem NELSON BLECHER
Com base em diagnóstico da equipe econômica de que "muitos brasileiros ainda não compreenderam a plena função da URV (Unidade Real de Valor)", os filmes vão enfatizar a importância do indexador como "ponte" para o real. Para dramatizar o papel da URV no balizamento de preços, um dos comerciais mostra uma etiqueta de supermercado sendo sucessivamente remarcada. A dança desenfreada de preços só termina quando aparecem na etiqueta as três letras do indexador. Outro filme, ambientado numa loja, exibe um vendedor atarantado com a proliferação de modalidades de pagamento. Saúda o advento da URV como o fim da confusão. Sob o slogan "real, sua nova moeda", os comerciais devem começar a ser exibidos em rede nacional de TV na próxima semana, junto com spots de rádio. A veiculação das peças de mídia impressa está prevista para o início de junho. Os anúncios estamparão as novas cédulas do real. A estimativa de gastos envolvendo comerciais, anúncios e a impressão de milhões de cartazes e panfletos atinge US$ 10 milhões, conforme apurou a Folha. Esse material impresso ser afixado em agências banc rias, postos de saúde e outros locais de grande movimento. O governo federal analisa a possibilidade de as despesas serem rateados entre as empresas estatais (Telebrás, Petrobrás e Banco do Brasil, entre outras), cujos nomes assinariam a campanha. Procurado ontem para comentar a estratégia, Augusto Marzagão, assessor presidencial para assuntos institucionais, não retornou as ligações até às 20h. Além dos filmes que preparam a transição para a nova moeda, há outro destinado a reforçar a poupança, para evitar saques excessivos motivados pela queda nominal dos rendimentos. Texto Anterior: Dívida pública pode diminuir com expurgo Próximo Texto: Título público em URV chega ao mercado 6ª Índice |
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