São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 1994
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Circuto é estreito e perigoso

ROSE ZUANETTI
DO BANCO DE DADOS

Com curvas encravadas entre o mar e as montanhas da Riviera francesa, o circuito de Montecarlo é um dos mais perigosos e desgastantes para os pilotos da F-1.
Num circuito estreito e de baixa velocidade, conquistar uma boa posição no grid de larga é fundamental para a vitória. As ultrapassagens são difíceis e arriscadas.
Desde o 1º GP de Mônaco, em 1950, houve vários acidentes graves. Já em 50, nove carros se chocaram na curva da Tabacaria.
Dois anos depois, o italiano Luigi Fagiolli (Alfa Romeo) morreu aos 54 anos nos treinos. Fagiolli era um piloto de destaque. Em sete GPs subira ao pódio em seis.
O acidente mais impressionante aconteceu em 1955. O italiano Alberto Ascari caiu no mar Mediterrâneo com seu Lancia. Foi recolhido por um barco. Sofreu fratura no nariz e escoriações. Morreu quatro dias depois num acidente em Monza, Itália.
O vôo do Lancia de Ascari foi reproduzido no filme "Grand Prix", de John Frankenheimer.
No GP de 1967, o italiano Lorenzo Bandini (Ferrari) bateu num poste de energia elétrica do circuito. Ficou preso na Ferrari quando ela pegou fogo. Morreu no hospital três dias depois.
Ayrton Senna e Nélson Piquet tiveram acidentes em Mônaco. Em 1981, Piquet bateu na 54ª volta, na entrada da curva da Tabacaria. Em 1987, Senna liderava com folga quando bateu na curva do Túnel.
Senna disse depois que não percebera que seu pneu traseiro esquerdo estava se esvaziando.

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