São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 1994 |
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Robbins quer voltar a dirigir
AMIR LABAKI
"Na Roda da Fortuna" dos irmãos Coen, bem recebido ontem na abertura do festival, trouxe Robbins de volta no papel do abobado jovem executivo Norville Barnes. Tim Robbins falou ontem em Cannes sobre seu novo papel e a importância do festival para sua carreira. Leia abaixo uma síntese de suas declarações. Pergunta - O que o atraiu em "Na Roda da Fortuna"? Tim Robbins - Era a chance de fazer algo diferente. Não existem muitos papéis que exijam a comédia física, corporal. Tem muito a ver com coreografia. É mais fácil um papel dramático. Há poucos grandes cômicos em atividade. Exemplos: Bill Murray e Tom Hanks. Pergunta - Por que "Na Roda da Fortuna" teve um desempenho abaixo do esperado nas bilheterias americanas? Robbins - Não sei explicar. Não sei o que torna um filme um sucesso. Se soubesse, estaria rico. Pergunta - "Na Roda da Fortuna" é um filme anticapitalista? Robbins - Não me parece. Meu personagem acredita muito no capitalismo. O filme é uma boa fábula sobre um sonhador que luta e consegue o que queria. Pergunta - Qual foi o impacto nos EUA de sua boa acolhida em Cannes-92? Robbins - Foi incalculável. O sucesso na imprensa internacional de "Bob Roberts" me permitiu negociar com os distribuidores americanos. Queriam cortar o filme e suavizar a conclusão. De posse das críticas, pude me defender e obter o corte final. Pergunta - O prestígio de "Bob Roberts" não facilitou seus outros projetos como diretor? Robbins - Na verdade, consegui alguns financiadores para meu próximo filme, mas não chegamos a um acordo sobre o orçamento. Pergunta - Quanto custa e como será? Robbins - Não posso responder. Ainda não tenho o dinheiro necessário. É um roteiro que escrevi. Não serei o intérprete principal, mas estarei nele, num papel secundário que ainda não escolhi. Texto Anterior: Clint Eastwood defende livre comércio Próximo Texto: Comédia que abriu Cannes chega ao Brasil Índice |
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