São Paulo, domingo, 15 de maio de 1994
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Bahia duplica exportação de rochas

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

As exportações de rochas ornamentais da Bahia cresceram 2,4 vezes nos últimos quatro anos. O Estado é o maior produtor nacional de diferentes tipos de mármores e granitos.
Em 1990, exportou 41.505 toneladas. Em 93, exportou cerca de 100 mil toneladas, informou o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais, Mármores, Granitos e Similares, José César Montes, 44.
Segundo ele, este foi o setor industrial que mais cresceu na Bahia nos últimos anos.
Segundo a Secretaria de Indústria e Comércio da Bahia, as exportações de rochas ornamentais perdem apenas para as dos produtos do pólo petroquímico de Camaçari (a 41km de Salvador), de ferro e cobre.
Levantamento da Superintendência de Geologia e Recursos Minerais (SGM), órgão do governo do Estado, aponta que somente nos quatro primeiros meses deste ano cerca de 1.500 requerimentos para a exploração de mármores e granitos na Bahia foram apresentados ao Departamento Nacional de Produção Mineral.
José César Montes disse que o crescimento é reflexo do resultado que as rochas baianas estão obtendo nos mercados nacional e internacional.
"Estamos também participando de feiras e promovendo congressos para divulgar o potencial da Bahia", afirmou.
Segundo Montes, os mármores e granitos baianos possuem "a maior variedade de cores e padrões do mundo".
Alguns, como o granito "azul Bahia", somente são encontrados em jazidas das regiões sul e extremo sul do Estado. Seu preço alcança US$ 1.800 (equivalente a 27,6 salários mínimos) por metro cúbico no mercado internacional.
Cerca de 90% das 100 mil toneladas de rochas ornamentais produzidas na Bahia no ano passado foram exportadas. Os países que mais compraram foram Alemanha, Itália, Japão e Espanha.
O município de Itapebi detém as maiores reservas de mármores do Estado (148 milhões de metros cúbicos).
A produção de granitos na Bahia está concentrada em 20 municípios. Atualmente, há 50 jazidas em atividade, das quais 14 utilizam tecnologia de ponta.
"Algumas empresas substituíram as explosões pelo fio diamantado para cortar os blocos", diz César Montes.

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