São Paulo, domingo, 15 de maio de 1994
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Acaso fez cientista criar robô

ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR
DO ENVIADO ESPECIAL

É por acaso que um brasileiro desenvolve o robô americano para tratamento de derrames.
Para começar, Hermano Krebs é engenheiro naval, e pouco sabia de biologia até envolver-se com o Manus, uma idéia de seu orientador, Neville Hogan. Além disso, sua carreira acadêmica seguiu trilhas no mínimo incomuns.
Depois de formado pela Politécnica da USP, ele trabalhava em uma empresa e tocava um mestrado na Poli mesmo.
Ao desistir de uma viagem a Ubatuba, o engenheiro acabou conhecendo, em um fim-de-semana na Poli, um pesquisador japonês que o convidou para estudar na Universidade de Yokohama.
Krebs aceitou, embarcando em seu segundo mestrado aos 26 anos, idade em que muitos pesquisadores de exatas já estão para concluir o doutoramento.
O pesquisador morou no Japão de janeiro de 1986 a setembro de 1989. Transferiu-se em seguida para o MIT, onde não havia bolsa disponível para a área de naval.
Aí, outro acidente: o Laboratório de Biomecânica oferecia uma bolsa e Krebs tinha interesse em robótica.
Casamento perfeito. Mas acidental.
(APJ)

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