São Paulo, domingo, 15 de maio de 1994 |
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Pequena indústria do Sul ganha apoio tecnológico
DA REPORTAGEM LOCAL O Núcleo de Apoio Tecnológico foi criado para ajudar pequenas indústrias a resolver problemas de organização da produção.A entidade atua em Porto Alegre e é coordenada pelo Sebrae RS (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul). Participam do projeto a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado. Os problemas tratados são técnicas para a melhoria da qualidade, layout das fábricas, tempos e movimentos, elaboração de custos e a própria engenharia do produto. Na primeira fase do programa, participaram 16 indústrias de vários setores. Os consultores aplicaram novos métodos produtivos durante quatro meses. Os resultados foram apresentados terça-feira (dia 10), no da UFRGS Para Flávio Fogliatto, coodenador do núcleo, uma das vantagens para a empresa é o custo quase zero do programa, financiado pelas entidades. O investimento só acontece a partir do projeto pronto. Segundo ele, há motivação tanto de empresários quanto de operários para a implantação de novos projetos. A Lúmen Indústria Química, de Guaíba, produz uma linha de 30 produtos sanitários industriais, como detergentes e desinfetantes. A química responsável, Rosane Braga, conta que, antes do programa, a indústria sequer tinha registro no Ministério da Saúde. Agora, a Lúmen é uma das cinco empresas do setor no Estado que obedecem às normas da Secretaria da Saúde. Durante o programa, o layout da empresa foi totalmente modificado e o controle de estoques, implantado. Para o proprietário da Bombas Vanbro, de Canoas, Euclides Brock, os resultados do programa do Núcleo de Apoio Tecnológico foram imediatos. Ele afirma que o faturamento da empresa aumentou cerca de 20% com o trabalho, passando para CR$ 50 milhões mensais. A partir do projeto, a Bombas Vanbro conseguiu estabelecer um controle no rendimento dos produtos e está esperando a conclusão das obras do novo prédio para colocar em prática a disposição dos seus equipamentos. Fabricante de cosméticos da linha D'Água Natural, a Rochadel, de Porto Alegre, também conseguiu bons resultados. Segundo Denise Rochadel, dona, o faturamento de US$ 30 mil não foi alterado, mas a indústria conseguiu reduzir o tempo gasto no cálculo de custos e preço de venda de quatro horas para menos de 10 minutos. Texto Anterior: Empresas fazem malabarismo para viver Próximo Texto: Como comercializar minha produção de bananas? Índice |
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