São Paulo, sábado, 21 de maio de 1994 |
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Postos de combustíveis cortam cheques pré-datados e descontos
FILOMENA SAYÃO
Motivo: a "urvização" dos preços para os revendedores autorizada pelo governo federal. A informação é de José Alberto Paiva Gouveia, 50, presidente da Associação Paulista de Proprietários de Postos. Segundo seus cálculos, existem cerca de 24.500 revendedores de combustível no Brasil. Apenas na Grande São Paulo, cerca de 2.700. Algumas grandes redes mantêm promoções como sorteio de apartamentos e de carros importados. Sábado passado, Milton Cesar, 53, proprietário do Posto Irmãos Reis, na Vila Olímpia, zona sul, passou a vender apenas à vista. Ele aceitava cheque pré-datado para até oito dias. "Se a distribuidora não me dá mais prazo, não posso repassar ao consumidor." No mesmo dia, Antonio João Cabral, 49, um dos sócios do Cento Automotivo Fiandeiras, no mesmo bairro, retirou as placas que alertavam para o cheque pré-datado e desconto de CR$ 40 no litro do álcool e combustível comum. Segunda-feira o Posto São Jorge, na Vila Mariana, zona sul, aderiu. Cortou o cheque pré-datado para até sete dias. "Se não, teríamos prejuízo", afirmou Márcio Zakaid, 25, um dos proprietários. O Posto de Serviço Tutóia, também na Vila Mariana, um dos nove da rede Iramaia, costumava dar dez dias de prazo para os cheques pré-datados. Sábado passado passou a vender apenas à vista. Antônio Sampaio Neto, 34, gerente, diz que ele tinha quatro dias para pagar a distribuidora. Com a "urvização", paga à vista. Texto Anterior: Preço acelera nos supermercados; Próximo Texto: Exportadores de café e governo se enfrentam Índice |
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