São Paulo, sábado, 21 de maio de 1994 |
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União com Onassis chocou EUA
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
"Jackie: Como Você Ousou?", dizia a manchete de um jornal sensacionalista de Nova York em 11 de outubro de 1968, no dia seguinte à cerimônia do casamento ortodoxo grego na ilha de Skorpios, Grécia. O país que idolatrou a mulher que representou tão bem o papel de viúva nacional e era símbolo de refinamento e bom gosto não podia admitir sua união com um homem vulgar, estrangeiro e bruto, apesar de muito rico. Onassis convidou John Kennedy para visitá-lo em seu iate em 1960. Kennedy aceitou porque entre os outros convidados estava Winston Churchill, um de seus grandes ídolos na política internacional. Em agosto de 1963, logo depois da morte de seu filho recém-nascido, Patrick, Jacqueline fez um cruzeiro no mesmo iate de Onassis, que na época namorava sua irmã, Lee. A partir de 1966, Onassis e Jacqueline foram vistos juntos várias vezes, em geral com grupos de artistas, em restaurantes e boates da Europa. Eles resolveram se casar no início de 1968. A pedido de Robert Kennedy, que era candidato à Presidência e temia efeitos eleitorais negativos do casamento, Jackie concordou em adiar os planos para 1969. O assassinato de Robert, em junho de 1968, a fez rever sua posição. Ela disse a amigos: "Se eles continuarem a matar os Kennedy, meus filhos vão ser o alvo número um". Segundo muitos, uma das razões para Jackie se casar com Onassis era a possibilidade de ela e os filhos viverem em segurança na ilha de Skorpios. Um mês depois de casados, os Onassis já estavam em crise. Ele foi fotografado com a ex-mulher, a cantora lírica Maria Callas, numa boate de Paris. Na prática, Jackie e Onassis se separaram em 1970. Ele contratou um dos mais importantes advogados dos EUA, Roy Cohn, para iniciar uma ação de divórcio. Mas sua morte, em 1975, tornou o serviço de Cohn desnecessário. (CELS) Texto Anterior: Jackie ficou 25 anos sem dar entrevista Próximo Texto: Terceiro `marido' é joalheiro Índice |
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