São Paulo, segunda-feira, 23 de maio de 1994 |
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Pactual vai expandir atuação no setor têxtil
FÁTIMA FERNANDES
Há menos de dois meses concluiu as negociações para explorar a marca Fiorucci e também assumiu oficialmente 50% das ações da Benetton no país. No início do ano adquiriu o controle acionário da Teba (Indústrias Têxteis Barbéro S/A), tradicional fabricante de tecidos de linho. "Agora queremos investir nas áreas de fiação e acabamento. Estamos procurando fábricas nas regiões de Sorocaba (SP) e Americana (SP)", diz Fernandes. A idéia é trazer máquinas sofisticadas da Europa para fazer produto de qualidade, a custo baixo. "Os preços têm de cair. Se isso não acontecer, não haverá consumo." Segundo ele, a coleção de inverno da Benetton deste ano já está, em dólar, 30% mais barata do que a do ano passado. "A nossa rede de distribuição –os shoppings, por exemplo– é a mais cara do mundo. A indústria têxtil brasileira tem mesmo que começar de novo." Para Fuad Mattar, diretor-presidente da Paramount, que comercializa as marcas Korrigan, La Coste e Pingouin, o que hoje acontece com a indústria têxtil brasileira é também reflexo do que ocorre no mercado mundial. "Países que há 15 anos eram grandes importadores passaram a ser grandes exportadores." São eles: Taiwan, Coréia, China, Japão, México e Turquia. "A produção excedente de um país tem que ir para outro. O Brasil é um desses locais." Esse processo, na sua análise, faz injustiças. No Brasil, diz ele, o prazo de pagamento para os empréstimos industriais varia entre seis e sete anos. As taxas de juros estão entre 11% e 12% ao ano. Na Coréia, exemplifica, o prazo de pagamento se estende até 25 anos. Os juros são de 3% ao ano. (FF) Texto Anterior: Sobra de caixa gera compras Próximo Texto: Coca-Cola redefine estratégia Índice |
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