São Paulo, segunda-feira, 23 de maio de 1994
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Brasileiros se saem bem na etapa carioca do Campeonato Mundial de Surfe Amador

MARCELO MIGLIACCIO
DA SUCURSAL DO RIO

Só faltou o sol, mas fora isso o Campeonato Mundial de Surfe Amador disputado entre os dias 6 e 15 passados na Barra da Tijuca (zona sul do Rio) teve de tudo: paquera na areia, som do melhor e muita manobra radical na água.
Como era de se esperar, australianos, havaianos, sul-africanos e norte-americanos mostraram intimidade com as ondas. Mas os brasileiros provaram que competem no primeiro time.
Na classificação por equipes, o Brasil foi o vice-campeão. Perdeu para a Austrália, primeira entre os 31 países participantes, todos filiados à ISA (Internacional Surfing Association).
Na categoria open (sem limite de idade), o paulista Charles Cardoso, 21, fez bonito e ficou em segundo lugar, atrás do australiano Sacha Stocker. Um tubo na última onda da última bateria garantiu a vitória a Stocker.
No júnior (até 17 anos) um havaiano baixinho chamado Kalani Robb, 17, deu show. O australiano Luke Hitchins ficou em segundo e o catarinense Neco Padaratz, 17, em terceiro.
Entre as garotas, só deu Brasil. Alessandra Vieira, 14, foi a campeã e deixou em segundo a cearense Tita Tavares, 18. Campeã brasileira deste ano, a fluminense Alessandra é a maior revelação do surfe brasileiro.
Apesar da chuva que caiu no último dia e das ondas que só cresceram no fim do campeonato, o nível foi considerado bom pelos entendedores.
"Foi um campeonato de primeira", avaliou Marcos Bulcão, 39, chefe da equipe brasileira, que lamentou a eliminação rápida do paulista Robson Buiú, 18, uma das suas esperanças.
No bodyboard, o brasileiro Jefferson Anute, 19, ficou em primeiro. No surfe de joelhos (kneeboard). Outro brazuca, William Grutter, 19, foi o terceiro, atrás de Gigs Celliers (África do Sul) e de Gaven Coleman (Austrália).

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