São Paulo, segunda-feira, 23 de maio de 1994
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Que falta faz uma boa praia

MARCELO MIGLIACCIO
DA SUCURSAL DO RIO

Alemão e suíço no surfe é como brasileiro no esqui na neve. Sem praias em seus países, eles vieram mais para aprender e cair do que para competir. E não decepcionaram: caíram mesmo.
Alemães e suíços terminaram o campeonato em 30º e 28º. Treinando em rios e em montes de neve não se podia esperar mais deles.
Criada há dois anos, a Federação Alemã de Surf banca viagens à Costa Rica, Bali e Califórnia para seus garotos treinarem.
Quando estão em casa, eles praticam nas praias da ilha de sylt, no norte do país, ou até mesmo no rio Isar, perto de Munique, onde a forte correnteza no inverno forma "ondas" de até um metro.
Patrocinado pela fábrica de canivetes Victor Inox, o time suíço treina praticando snowboard, uma prancha sem quilha que desliza neve abaixo. Também viajam à Austrália e África do Sul.
"Surfar na neve é mais fácil, pois a montanha não se mexe, mas o surfe no nosso país cresce e teremos um time competitivo", aposta o manager Nicholas Halewoods.
A Associação Suíça de Surfe surgiu em 90 e tem hoje 20 membros. Sua primeira experiência internacional foi o último lugar no mundial amador da França, em 92.
No Brasil, eliminados, os surfistas dos dois países resolveram fazer turismo. Passearam pelos shoppings e conheceram os bares à noite. No dia da final, entretanto, estavam lá. Para assistir, claro.

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